Projeto da Santa Casa de São Paulo ajuda mulheres a engravidar

Desde 2007 tentando engravidar, a paciente G. O. V. e seu marido conseguiram a tão sonhada gestação em 2010, mas os planos foram interrompidos por um aborto, e desde então G. O. V. não conseguiu mais engravidar. Foi então que ela conheceu o projeto de Reprodução Humana Assistida da Santa Casa de São Paulo, desenvolvido em parceria com o projeto Alfa – Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida. O projeto tem um objetivo simples: ajudar mulheres com dificuldades em engravidar sem cobrar um único centavo por isso.

Iniciado em março de 2012, o ambulatório de Reprodução Assistida da Santa Casa já realizou mais de 500 consultas. Foram mais de 90 mulheres que receberam tratamento gratuito, seja em medicação distribuída ou atendimento laboratorial. O projeto funciona da seguinte forma: a Santa Casa de São Paulo fornece a consulta e acompanhamento médico e a medicação prescrita pelo especialista, enquanto a Alfa oferece a manipulação em laboratório.

Segundo informações do Ministério da Saúde, a infertilidade atinge 278 mil casais no Brasil, e há somente seis centros gratuitos para esse procedimento no país. “O Ministério da Saúde repassou verba, aproximadamente R$ 10 milhões, destinada à Reprodução Humana Assistida reconhecendo seis centros no país, conforme Portaria número 3.149 de 28 de dezembro de 2012. Estima-se que estes centros sejam responsáveis por 2.000 ciclos de tratamento por ano”, ressalta o Dr. Newton Busso, chefe do ambulatório de Reprodução Assistida da Santa Casa de São Paulo.

O Dr. Busso explica ainda, que se o Sistema Único de Saúde fosse obrigado de alguma forma a atender pelo menos metade dos 278 mil casais inférteis, para que cada casal tivesse pelo menos uma chance, seriam necessários 70 anos de fila de espera para o tratamento. Busso afirma que a solução está no atendimento pelos convênios médicos, que atualmente não cumprem a lei nº 11.935, de 11 de maio de 2009, que diz que os planos de saúde devem oferecer o tratamento aos clientes.

De acordo com a Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva, atualmente a fila para as mulheres que necessitam de tratamento 100% gratuito pode chegar a cinco anos, enquanto quem pode pagar tem que desembolsar entre R$ 6 mil a R$ 15 mil em clínicas particulares.

A paciente G. O. V. não precisou desembolsar tal quantia, pois o projeto da Santa Casa a ajudou a engravidar novamente, e a tão desejada gravidez veio logo na primeira tentativa, em setembro do ano passado. Ela deu a luz há duas semanas e o bebê nasceu sadio, porém, precisou permanecer no hospital para ganhar peso. “Estou vivendo um sonho”, finaliza.

Sobre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Fundada há mais de quatro séculos, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, instituição filantrópica, privada e laical, é um dos mais importantes complexos hospitalares do Brasil. A Irmandade, em todas as unidades, atende mais de 11 mil pessoas por dia em todas as especialidades médicas, possui mais de 2.300 leitos, registra uma média anual de mais de 1 milhão e 500 mil atendimentos ambulatoriais, 1 milhão e 800 mil atendimentos de emergência, 47 mil cirurgias e mais de 5 milhões exames. É referência nos atendimentos de emergência, ortopedia, pediatria e serviços de alta complexidade como neurocirurgias e transplantes. Além de possuir laboratórios próprios e excelentes serviços de Diagnóstico por Imagem.

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