Empresários curitibanos criam loja de brinquedos lúdicos com quintal adaptado para crianças brincarem livres.
Nos dias de hoje é cada vez menos comum que crianças cresçam em casas com quintais e espaço para brincar livremente. Os pequenos se desenvolvem com base nas brincadeiras, descobertas e experiências que acontecem ao longo dessa fase de conhecimento. De acordo com a pesquisa “A Infância na Visão Geral das Mães” realizada pela OMO, em 2007, em parceria com os médicos Jerome e Dorothy Singer, da Universidade de Yale, no Brasil, 73% das mães acham que seus filhos passam pouco tempo brincando fora de casa.
Partindo desse princípio, os empresários Hamynnie Mousse e Julio Cezar de Souza, criaram o Quintal A-do-le-tá, um local com brinquedos educativos e pedagógicos, que auxiliam no aprendizado da criança de forma integral. Além disso, contam com o benefício da qualidade garantida por um valor acessível. O Quintal A-do-le-tá surgiu da ideia de criarmos um espaço onde as crianças pudessem ficar livres, de interação entre pais e filhos e de socialização entre as crianças, despertando a criatividade e proporcionando que elas aprendam enquanto brincam”, diz Hamynnie.
Segundo a coordenadora pedagógica, Simone Tatarem, “esses brinquedos estimulam o raciocínio, a linguagem e a memória através do manuseio. O Quintal A-do-le-tá foi pensado justamente para que a criança tenha a liberdade de brincar com o que ela quiser, já que hoje em dia temos muito mais apartamentos do que casas com quintais onde a criança possa brincar com espaço de sobra”. O grande objetivo é promover a interação entre pais e filhos, já que os brinquedos fazem parte da infância dos pais, de modo que eles possam ensinar os filhos a brincar, mas que estejam presentes no momento da brincadeira.
O espaço oferece várias oficinas gratuitas baseadas em cada faixa de idade para que as crianças possam se divertir e soltar a imaginação. Dentre elas a oficina “faz de conta”, com diversas possibilidades para interagirem entre si; o ateliê, que desenvolve a coordenação motora fina, o olhar e o criar; o parquinho onde as crianças brincam até cansar; jogos que trabalham a área da concentração e livros para auxiliar na leitura e compreensão, além de propostas de música, movimento, contação de histórias ofertadas pelas monitoras. Como o objetivo do espaço é promover a interação, as oficinas podem ser feitas entre as crianças ou com os pais, sobre monitoramento de um profissional.
O projeto inicial dos empresários era abrir uma loja de brinquedos lúdicos e educativos e vestuário infantil. “Decidimos abrir a loja pensando na comodidade dos pais com filhos, para que ele pudesse fazer as compras enquanto o filho tem um espaço monitorado para brincar”, diz Julio Cezar. Segundo alguns pais que visitaram o espaço, a ideia deu certo, Mãe de dois filhos, Sócrates de nove anos e Érico de três, a professora de história Maíra acredita que o conceito do espaço é o que falta em Curitiba. “Acho importante incentivar a imaginação, a criatividade, a concentração. Os jogos de computador trabalham muito com a concentração, mas a criança não precisa mexer. Então hoje vemos cada vez mais crianças atrofiadas, com problemas de coluna e agravantes nesse sentido”. Além dela, a empresária Elisabeth, mãe da Rebeca de seis anos e do Jorge de um ano, ficou empolgada pela possibilidade de as crianças poderem interagir com os pais através dos brinquedos. “Os brinquedos mais antigos são legais, porque se as crianças não tiverem o auxílio dos pais, possivelmente não saberão como brincar, então a presença dos pais ensinando como brincar e interagindo é essencial para o desenvolvimento dos filhos”.
Como o local foi feito pensando no bem estar das crianças e da socialização, nada melhor do que a visão positiva da criança em relação ao que viu no espaço, não é mesmo? A Rebeca, de seis anos e o Gustavo, de 11 divertiram-se muito nas oficinas e aprenderam bastante com os brinquedos. Diferente de muitas crianças dessa geração, no entanto, os dois gostam de atividades que não envolvem tecnologia, como pintar, preferida de Rebeca e andar de skate, de acordo com Gustavo.
Para que a criança possa crescer saudável e aprenda a se relacionar com as outras pessoas, o conceito usado pelo espaço segue a visão interacionista. De acordo com a pedagoga, “a criança aprende a partir do momento em que ela se relaciona com o social e com o meio. Usamos as melhores áreas da pedagogia que se encaixassem com a nossa ideia, visto que nós vivemos uma realidade muito diferente da realidade dos nossos filhos, por exemplo”.
Serviço:
Adoletá – Conveniência infantil
Hamynnie Mousse e Simone Tatarem
Telefone: (41) 3010-7003
Endereço: Rua República Argentina, 197 – Água Verde.
www.lojaadoleta.com.br
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