Segundo a ginecologista e obstetra Mariana Rosário, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), ausentar-se da vida familiar, trabalhando excessivamente, é um dos comportamentos que podem indicar o problema
A depressão pós-parto feminina é um assunto bastante debatido. Presente na vida de 10% a 15% das mulheres, é um quadro depressivo que se apresenta na mulher imediatamente após o parto ou até um ano depois deste momento. Os sintomas são caracterizados como tristeza, apatia, desalento e pode ou não ocorrer a rejeição ao bebê. As causas fisiológicas mais comuns do quadro depressivo pós-parto são as alterações hormonais bruscas que ocorrem com a mulher ou casos apenas emocionais. Sobre o que nunca se fala, entretanto, é a depressão pós-parto masculina. “Porém, ela existe e acomete de 10% a 25% dos homens, segundo estudos científicos*”, alerta Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).
A médica já presenciou casos em consultório, que a deixaram impressionada. “Alguns começam com o afastamento do homem da família. Muitos se enterram no trabalho, deixando as atividades familiares totalmente de lado. Depois, vem a depressão, a fadiga, o esgotamento físico e mental”, explica Dra. Mariana.
Ela comenta que a mudança de vida causada pela chegada do bebê pode trazer no homem incertezas e inseguranças – as mesmas que são causadas à mulher. “Assim como muitas mulheres não estão preparadas para ser mães, diversos homens não se veem no papel de pais e um turbilhão de emoções toma conta de suas vidas. É aí que eles não dão conta do momento. Além disso, a nova rotina, o dividir a esposa com o bebê nem sempre são momentos fáceis de encarar. Muitos precisam de ajuda e, não a encontrando, desenvolvem a depressão.
O diagnóstico para a depressão pós-parto masculina, muitas vezes, se dá no consultório obstétrico, apesar do tratamento ser realizado com a combinação de atendimento psiquiátrico e psicológico. “Quando o casal vem em consulta, é comum que a paciente se queixe do esposo e, numa conversa rápida, conseguimos detectar o problema. É aí que orientamos o casal a procurar ajuda”, diz a médica.
O alerta, portanto, deve ser feito: é preciso que os casais estejam atentos a sintomas de ambos – e não apenas da mulher – na chegada do bebê, afinal, a saúde de toda a família é importante para este momento de tanta alegria.
Estudos científicos sobre o tema:
Sobre a Dra. Mariana Rosario:
Formada pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana Rosario possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais renomados do mundo. É membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no assunto.
Possui vasta experiência em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, tanto em Clínica Médica como em Cirurgia Oncoplástica. Realiza cursos e workshops de Saúde da Mulher, bem como trabalhos voluntários de preparação de gestantes, orientação de adolescentes e prevenção de DST´s. Participou de inúmeros trabalhos ligados à saúde feminina nas mais variadas fases da vida e atua ativamente em programas que visam ao aprimoramento científico. Atualiza-se por meio da participação em cursos, seminários e congressos nacionais e internacionais e produz conteúdo científico para produções acadêmicas. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no assunto.
Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.
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