É importante ficar atento e, na dúvida, procurar ajuda de um profissional para avaliar caso a caso
Quem nunca ficou ansioso na véspera do primeiro dia de aula, no retorno das férias? Isso é considerado normal. Porém, quando a mesma sensação acontece a cada dia, em situações parecidas ou até mesmo diferentes, considera-se patológico e deve ser observado com mais atenção, relata Cristiane Duez V. Santos, psicóloga do NAPP (Núcleo de Apoio Psicológico e Psicopedagógico) da Faculdade Santa Marcelina.
“A medida para entender a ansiedade como patológica, é o quanto os sintomas prejudicam as atividades do dia a dia. Os sinais mais comuns em crianças são: dores de cabeça, dor de estômago e tensão muscular. Lembrando que, os sintomas físicos em crianças, são diferentes dos adultos”, explica.
A puberdade precoce é um dos principais vilões, quando se fala de ansiedade e estresse na adolescência. Estilo de vida saudável, com alimentação balanceada (com legumes, verdura e frutas) e práticas de exercícios regulares (se possível, inserir a meditação), além de sono adequado e evitar excesso de exposição às telas e redes sociais (TV, celular, tablets e computadores) podem auxiliar na vida social e no controle hormonal de uma criança. “O diagnóstico e tratamento precoce podem evitar consequências negativas na vida da criança. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos, associados à psicoterapia, em especial a terapia cognitiva comportamental”, disse a psicóloga.
A seguir a especialista fala dos tipos de ansiedade que podem desenvolver em crianças e como identificar o problema.
- Ansiedade por separação dos pais: apresenta-se com um medo irreal de que algo muito ruim aconteça com eles ou com seus pais, quando se afastam de seus olhos.
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) – caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Apesar de preocupações serem uma manifestação de ansiedade bastante comum e fazerem parte da experiência humana, crianças diagnosticadas com TAG mostram uma duração maior desse estado ansioso.
- Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social (TAS) – é mais comum em crianças com até 2,5 anos que tendem a não se sentir confortáveis perto de pessoas que não fazem parte de sua família. Após este período, se o estranhamento continuar e interferir na construção da socialização, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico.
Como os pais podem identificar que os filhos estão com ansiedade?
Os pais podem identificar os sintomas de ansiedade, observando seus filhos em algumas situações. É importante ficar atento se a criança apresente dificuldade de concentração, irritabilidade, preocupação excessiva com situações rotineiras, pesadelos frequentes, dificuldade em aprender coisas novas e dificuldades em superar algumas fases, como por exemplo o desfralde ou mesmo deixar a chupeta e a mamadeira.
Quais os sintomas que devem ser observados pelos pais?
Sintomas podem surgir de formas alternadas, com períodos mais ou menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. O importante é estar atento ao grau de desconforto e interferência que eles estejam causando na rotina da criança como, alterações no apetite, dificuldades no sono, queda no rendimento escolar, desmotivação, medos e preocupações excessivas, dores de cabeça, tonturas, timidez ou retraimento social, oscilação de humor e irritabilidade ou apatia.
Como amenizar o problema?
O problema pode ser amenizado com a prática de atividade física, atividades prazerosas, ensinar a criança a esperar sua vez, ensinar a criança a fazer suas escolhas de forma consciente e evitar recompensá-la, de forma excessiva, a cada atitude que tenha.
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