66% das conversas online sobre vacinação e imunização no Brasil ocorrem via Twitter

Pais são os principais participantes nas discussões, majoritariamente positivas, com pouco espaço para postagens anti-vacinas e fake news

De 2017 a 2018, foram detectadas 1,3 milhão de conversas de usuários brasileiros em diversas redes sociais sobre vacinação e imunização na primeira infância, contando com 8,4 milhões de engajamentos. Um total de 66% de todas as conversas ocorreram no Twitter, mas também foram analisados Instagram, YouTube, blogs e fóruns. Esse dado é resultado de um estudo exclusivo encomendado pela Sanofi Pasteur, realizado pela Cello Health Logic.

Enquanto pais corresponderam a 44% dos participantes, o público em geral somou 50% – dentro deste segundo grupo também pode haver pais, mas não estão classificados dessa forma porque não se identificaram como tal em suas postagens. Já os 6% restantes representam médicos e outros profissionais de saúde.

Uma análise detalhada de uma amostra de 15 mil comentários demonstra que a maioria das conversas foi positiva, voltadas à troca de experiências, esclarecimentos de dúvidas e calendário de vacinação, entre outros tópicos, com poucas postagens de pessoas espalhando mensagens anti-vacinas e fake news. O que sugere um cenário saudável para discussões online no País, encorajando a vacinação para manter várias doenças sob controle.

O estudo também aponta que os pais interagiram principalmente para documentar o marco para seus bebês que é tomar a primeira vacina e demonstraram preocupação com dor ou desconforto que os pequenos podem sentir com a injeção, assim como se preocuparam com efeitos colaterais e utilizaram o Google para pesquisar e buscar apoio. O Google também foi usado para questões práticas, como calendários e locais de vacinação.

Já o público em geral, por outro lado, focou no potencial de surto de febre amarela no período e também foi possível perceber nas discussões online uma certa desconfiança em relação ao sistema de saúde em geral. Esse público também abordou tanto a responsabilidade que os pais têm em tomar suas próprias decisões, quanto a responsabilidade que eles têm com a sociedade no sentido de contribuir para a erradicação de doenças preveníveis.

Considerando só o público geral, 28% se dizem contra os grupos anti-vacinas; 17% são apoiadores diretos das vacinas; e apenas 5% foram classificados como anti-vacinas.

As perguntas mais feitas no Google pelos brasileiros no período foram: O que é a vacina BCG? O que é a vacina DTP? Qual é a vacina contra o sarampo/meningite/catapora? Qual é a vacina que deve ser administrada aos 5 meses/9 meses/1 ano? Quantas vacinas são indicadas aos 2/4/5/6 meses de idade? Quando é preciso levar uma criança para a vacinação contra a pólio? O que fazer quando há inflamação após a vacina BCG? O que fazer quando há inchaço após a vacinação? Quando a vacina BCG não deixa cicatriz?

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