A agência de comunicação integrada Rae,MP, comandada pelo publicitário Marcelo Ponzoni, completa 30 anos em 2018 e resolveu comemorar esse importante marco com uma iniciativa diferente. Ponzoni e o time da Rae,MP cederam seus conhecimentos para dar voz a pessoas diferentes, que levantaram do zero instituições que levam ajuda e apoio a pessoas e famílias com as mais diferentes condições. O resultado é um trabalho primoroso. Uma revista que conta a história de “30 Mentes Diferentes”, um portal com depoimentos em vídeo de cada uma dessas pessoas, redes sociais e até spots na Rádio Eldorado com essas histórias.
O destaque de hoje vai para a história da 25ª Mente Diferente: Simone Alli Chair, que teve sua vida mudada radicalmente depois que sua filha mais velha, Camila, nasceu. Mas a transformação maior foi com a chegada de seu caçula, Gabriel. Depois do nascimento dos seus dois filhos Simone precisou se reinventar. O motivo? Ambos vieram ao mundo com autismo. Abaixo, segue a história da Simone Alli Chair e da Associação de Pais Inspirare.
Por esses canais, você pode conhecer antes todas as outras histórias que compõem o projeto “30 Mentes Diferentes”:
Portal:
www.30mentesdiferentes.com.br
História da Simone Alli Chair:
https://www.30mentesdiferentes.com.br/vigesima-quinta-mente-diferente
Redes Sociais:
@30mentesdiferentes
www.facebook.com/30mentesdiferentes
Depoimento: Simone Alli Chair – www.associacaoinspirare.com.br
“Eles não encontram ali uma profissional, eles encontram uma mãe que passa pelas mesmas coisas”
Simone Alli Chair está há 28 anos na militância pelo autismo e há pelo menos 15 anos ajuda outras mães de autistas com dicas e informações sobre esse transtorno. Um dia, uma dessas mulheres pediu para que a Simone fosse à escola do seu filho falar sobre o assunto. Ela foi, mas não conseguiu entrar, pois não representava nenhuma instituição.
Foi aí que há 4 anos, decidiu fundar com outras 4 amigas a Associação de Pais Inspirare, voltada para o autismo, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), pois seu filho Gabriel também nasceu com esse distúrbio, a dislexia. Nesse tempo, a instituição já atendeu mais 300 mães.
Além de auxiliar em tratamentos e na parte educacional do autista, a associação acode as mães, conseguindo terapias para elas. Isso, porque muitas delas passam por problemas com os maridos, que não aceitam e as culpam pelo filho ter nascido assim. O pior de tudo é que eles as deixam abandonadas e desamparadas até financeiramente.
Quem faz todo esse atendimento é a própria Simone, que acolhe e tenta ajudar essa mãe da melhor forma possível, fazendo uma lista de tudo o que ela precisa e dos profissionais necessários para essa assistência. A partir daí, começa a correr atrás de parceiros. Esta, inclusive, é uma grande dificuldade dela: achar parceiros. Por não encaminhar essas famílias à rede pública, só aos profissionais aos quais levaria os próprios filhos, essa busca fica um pouco mais complicada.
Outro desafio é achar escolas adequadas a essas crianças e fechar parcerias com elas, pois as existentes são muito caras e as famílias, extremamente carentes. Além disso, por lei, o autista tem direito a uma professora de apoio. Contudo, na prática é bem diferente.
Pouquíssimos são os autistas que possuem tal apoio, seja na rede pública ou na privada. É dessas dificuldades que vem o grande sonho dela: ter um espaço com uma equipe multidisciplinar capacitada, pois o autista não precisa de apenas um profissional, mas de vários: médico, fonoaudiólogos, terapeutas especializados, pedagogo, etc. Nesse sonho, esses trabalhadores seriam contratados pela Pais Inspirare para que a Simone não precisasse mais correr atrás de parceiros.
O atendimento permaneceria gratuito, sendo o ônus apenas da associação.
Impossível? Não. Pode ser difícil, mas para esta mulher, tudo é possível. Ela tem fibra, força e muita pré-disposição em ajudar o próximo. É isso que a faz lutar pelos sonhos e o que a torna uma mente diferente.
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