Diagnóstico precoce do retinoblastoma em crianças eleva chances de cura em mais de 90%

Especialista do CEJAM reforça a importância de os pais se atentarem aos sinais, além de cultivarem o hábito de visitar o oftalmologista regularmente com seus filhos

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que se desenvolve na retina do olho, dificultando a captação da luz e, consequentemente, a transmissão de informações para o cérebro, responsável pela visão. Essa condição grave afeta principalmente bebês e crianças, podendo levar à cegueira.

Nos últimos tempos, o assunto ganhou mais notoriedade na imprensa através do jornalista e apresentador Tiago Leifert, cuja filha de 2 anos foi diagnosticada com a doença.

“O quadro afeta, sobretudo, crianças devido à mutação genética que geralmente ocorre durante o desenvolvimento fetal. Como a retina é uma parte essencial do sistema visual, os sintomas costumam se tornar evidentes cedo”, afirma o Dr. Luis Claudio Guillaumon, oftalmologista nos Hospitais Dia Campo Limpo e M’ Boi Mirim e no AME Carapicuíba, gerenciados pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com as Secretarias Municipal e Estadual da Saúde de São Paulo.

Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de retinoblastoma no mundo corresponde entre 2% e 4% dos tumores em crianças de 0 a 14 anos. No Brasil, estima-se uma média de 400 casos por ano.

Entre os sintomas mais comuns estão o reflexo pupilar branco, também conhecido como “olho de gato”, vermelhidão, inchaço ou dor nos olhos, visão prejudicada, estrabismo e, em casos mais graves, a perda total da visão ou óbito.

A boa notícia é que a chance de cura pode ultrapassar 90%, quando o diagnóstico é realizado precocemente. “O rápido diagnóstico da doença é crucial, pois permite um tratamento menos agressivo, preservando a visão e aumentando as chances de cura, além de preservar a vida do paciente”, reforça o médico.

Normalmente, o teste do olhinho, realizado na maternidade assim que o bebê nasce, ajuda no direcionamento do diagnóstico. Além disso, o reconhecimento do quadro pode ser feito por um oftalmologista especializado através do exame ocular completo na criança e, dependendo do caso, também com o auxílio de ultrassonografia ocular e tomografia computadorizada.

Dr. Luis Claudio recomenda que os pais permaneçam sempre atentos aos sinais apresentados por seus filhos, além de buscar regularmente atendimento oftalmológico. De maneira geral, um exercício simples indicado pelo especialista, que pode ajudar a identificar quando procurar ajuda, é tirar fotos com flash do seu filho. O primeiro sinal que deve acender um alerta é se o olho dele reflete a pupila branca.


Sobre o CEJAM

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi. Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição. Siga o CEJAM nas redes sociais (@cejamoficial) e acompanhe os conteúdos divulgados no site da instituição: cejam.org.br/noticias.

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